quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Encontro das confrarias irmãs em Viseu

 Era um encontro há muito desejado. A Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’ reuniu, na sua sede em Viseu, as confrarias-irmãs espalhadas pelo mundo, num encontro que serviu para abordar as dificuldades de cada uma durante a pandemia, mas também a retoma e as atividades futuras.

Marcaram presença, para além de membros do almoxarifado da confraria-mãe, liderado por José Ernesto Silva, António Cardão, que representou a Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’, sedeada na Casa de Viseu do Rio de Janeiro, e a Confraria de Saberes e Sabores Luso-amazónicos ‘Grão Vasco’, de Manaus; Bernardino Nascimento, presidente da Confraria de Saberes e Sabores da Beira da Casa das Beiras de Toronto; Bruno Esteves, em representação da Confraria de Saberes e Sabores de Portugal, de Florianópolis – Brasil; Luís Chaves, em representação do presidente da Confraria de Saberes e Sabores de Portugal na Suíça Francesa, em Montreux, José Farias; Jorge Rodrigues, presidente da Confraria de Saberes e Sabores de Portugal de Zurique; e Manuel Viegas, fundador da nova Confraria de Saberes e Sabores de Portugal na Florida – USA.

Nas intervenções, António Cardão destacou o trabalho realizado pela Confraria do Rio de Janeiro em prol de pessoas necessitadas da comunidade lusa afetadas pela pandemia, esperando retomar as atividades em 2023.

Bruno Esteves, da Confraria de Florianópolis, destacou o facto de esta ter iniciado as suas atividades em plena pandemia, o que originou que, entretanto, tenham ficado suspensas, esperando retomar em breve, numa região do Brasil marcada pela emigração de açorianos (de Florianópolis até Camboriú) e pessoas com origens principalmente do Norte de Portugal (de Itajaí até Barra Velha), no Estado de Santa Catarina.

Já Bernardino Nascimento fez um resumo histórico da criação da Casa das Beiras, que teve origem no Académico de Viseu de Toronto, bem como da criação da Confraria e das atividades em que participa, nomeadamente na Semana Cultural, que habitualmente se realiza em finais de setembro, que deve ser retomada no próximo ano.

Da Confraria de Zurique, Jorge Rodrigues adiantou que está parada desde 2020, por via da pandemia, e deve retomar as suas atividades em breve. Encontrar uma sede e participar no desfile do Dia das Confrarias, das grandes festas da cidade de Zurique, são os próximos objetivos.

Luís Chaves destacou a importância deste tipo de encontro, exortando o Almoxarifado a continuar com este tipo de iniciativas que une ainda mais este movimento, em especial, junto das comunidades beirãs na diáspora. Em representação de José Farias, presidente da Confraria de Saberes e Sabores de Portugal na Suíça Francesa, Luís Chaves destacou o trabalho desenvolvido naquela região suíça em prol da promoção da cultura e da gastronomia portuguesa, bem como da dignificação do nome de Portugal.

A constituição da Confraria de Saberes e Sabores de Portugal na Florida, nos Estados Unidos, é tarefa que Manuel Viegas não enjeita. Natural de Parada do Gonta, no concelho de Tondela, e residente na região de Palm Coast, naquele estado americano, Manuel Viegas já deu os primeiros passos para a criação de uma nova Confraria junto da comunidade portuguesa. Desde sempre ligado ao movimento associativo português no Estados Unidos, Manuel Viegas é também membro do Conselheiro das Comunidades Portuguesas nos Estados Unidos.

De salientar também as videochamadas efetuadas por Humberto Figueiredo e Johny Azevedo, ambos fundadores da Confraria de Saberes e Sabores Luso-amazónicos ‘Grão Vasco’, de Manaus, do qual o segundo é o atual presidente. Humberto Figueiredo é o atual Cônsul Honorário de Portugal, em Manaus, no estado da Amazónia.

No final da reunião, António Cardão apresentou uma proposta, bem aceite pelos presentes, no sentido de uniformizar o nome das novas Confrarias que venham a ser constituídas em linha com a confraria-mãe.

Presente na reunião, Jorge Costa Pinto, em representação do presidente da Freguesia de Viseu, saudou os presentes, realçando a importância deste tipo de iniciativas, que aproximam quem vive em diferentes países do mundo, bem como o trabalho levado a cabo pela Confraria Grão Vasco, na pessoa do Almoxarife José Ernesto Silva.

Este, por sua vez, congratulou-se pela presença de todos, exortou os presentes a continuarem os trabalhos que têm vindo a fazer nos países que os acolhem, disponibilizando-se a continuar a trabalhar em prol da promoção e divulgação da cultura e da gastronomia beirã não só no país, mas também junto das inúmeras comunidades portuguesas no mundo. José Ernesto Silva deu os parabéns a Manuel Viegas por assumir a constituição da Confraria da Florida, adiantando que outras poderão surgir em breve.

Este encontro terminou com um almoço na Feira de São Mateus e uma visita à sede da Freguesia de Viseu. Contou com apoios importantes, como da Câmara de Viseu, Viseu Marca, Freguesia de Viseu, Quinta de Lemos, Cooperativa de Silgueiros, DVR Dão, UDACA e Cooperativa de Penalva, a quem a Confraria Grão Vasco agradece. Todos os participantes levaram prendas oferecidas por estas entidades.

 Aqui fica o registo do encontro











O encontro na imprensa regional










 

Confraria no programa "Á Volta"

 

No dia 9 de agosto a nossa Confraria Saberes e Sabores da Beira, "Grão Vasco", participou no programa da RTP ” À VOLTA ” em Viseu, onde estiveram, também, as nossas Confrarias Irmãs de : Confraria da Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro, António Cardão, Confraria de Saberes e Sabores de Portugal em Zurique, Jorge Rodrigues, Confraria dos Saberes e Sabores de Portugal na Suíça Francófona , Luís Chaves, Confraria Saberes e Sabores da Beira Grão Vasco da Casa das Beiras de Toronto, Bernardino Nascimento e Manuel Viegas representando a futura Confraria de Saberes e Sabores de Portugal na
Flórida. 
 
António Cardão representou ainda a Confraria dos Sabores Luso Amazônicos Grão Vasco de Manaus e a Confraria dos Saberes e Sabores de Portugal em Florianópolis.
 
Participaram também no programa, José Lopes Coelho, José Luís Araújo e Joana Barros.
O nosso Bem Haja pela amizade criada entre as nossas Confrarias e o espírito de partilha das NOSSAS TRADIÇÕES BEIRÃS, por esse mundo. 

Aqui fica o registo do evento












20.º Aniversário da Confraria

 

A Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’, com sede em Viseu, está a comemorar o seu vigésimo aniversário, numa altura que marca o reinício das suas atividades, após a pandemia. Este sábado promoveu o Capítulo da Primavera, inicialmente marcado para abril, que culminou num almoço num restaurante da cidade.

Esta iniciativa contou com mais de meia centena de confrades, mas também diversas entidades estiveram representadas, nomeadamente a Câmara de Viseu, Freguesia de Viseu e Federação das Confrarias Gastronómicas de Portugal. Henrique Monteiro, jornalista e ex-diretor do Jornal Expresso, foi o convidado como conferencista e abordou o tema “A nossa Terra”.

A Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’ foi fundada a 19 de abril de 2002 por 135 sócios fundadores, realizou a primeira entronização a 15 de outubro de 2003, na Sé de Viseu. Foi o início de uma longa caminhada. Foram 20 anos marcados por muito trabalho, dedicação e resiliência.

Na sua intervenção, o Almoxarife, José Ernesto Silva, elencou as diferentes iniciativas levadas a cabo ao longo de duas décadas, que visaram sempre a promoção e divulgação dos saberes e sabores da Beira, desde o Festival do Caldo à edição de mais de duas dezenas de livros sobre as tradições, usos e costumes da região.

José Ernesto Silva lembrou que ao longo destes 20 anos “promovemos vários capítulos internos anuais, que contaram com a participação de personalidades de relevo nacionais e internacionais; realizámos diversos Festivais do Caldo, iniciativa pioneira de promoção e divulgação de um dos mais completos pratos da nossa tão variada gastronomia; organizámos quatro cursos para dirigentes associativos da nossa Diáspora e estamos hoje representados em mais de 30 países, tendo assinado protocolos de cooperação e representação com diversas Associações espalhadas por diversos países, da Europa, Médio Oriente, África e Américas. Divulgámos os produtos endógenos da nossa região, cá e além-fronteiras, juntámos pontas, promovendo encontros entre empresários portugueses e estrangeiros, e editamos mais de duas centenas de livros. Diria que, com a ajuda de muitos, temos obra feita nestes 20 anos”, salientou José Ernesto Silva.

O Almoxarife deixou uma mensagem de esperança quanto ao futuro. “Agora, há que olhar em frente, com arrojo e esperança. Arrojo, porque os desafios a que o associativismo atravessa são muitos e há que dar continuidade ao trabalho realizado, mas também de esperança numa nova geração, com ideias e propostas novas, que levará a nossa Confraria a outro patamar. Prevejo um futuro risonho, pois o conhecimento adquirido faz me acreditar que assim seja”, frisou.

Henrique Monteiro, nascido em Lisboa, mas com raízes (profundas) em Viseu e Vila Nova de Paiva, promoveu uma viagem pelo passado e pelo presente, sob o mote “A nossa Terra”, numa intervenção que prendeu os presentes, não só com factos históricos, mas também recordando os seus tempos de infância por Tondela, Viseu e Vila Nova de Paiva.

Nas diversas intervenções, José Coelho, Conferente da Confraria, destacou o seu caráter internacional, de aproximação às comunidades portuguesas. João Garcia Mendes, presidente do Conselho Consultivo, agradeceu e elogiou o trabalho desenvolvido pelo Almoxarife, José Ernesto Silva, enquanto António Vidal, Grão-Mestre da Confraria, evidenciou a importância da Confraria para a região e para o país.

Nos discursos institucionais Carlos Almeida, vice-presidente da Federação das Confrarias Gastronómicas de Portugal, destacou o trabalho levado a cabo pela Confraria Grão Vasco, mas também a sua importância no panorama confrádico nacional. Já Mota Faria, presidente da Assembleia Municipal de Viseu, destacou “os princípios e os valores” que levaram à criação da Confraria, destacando o seu papel “enquanto embaixadora de Viseu e da região” no país, mas também, e “com especial incidência” junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Por fim Mara Almeida, vereadora da Câmara de Viseu, deu os parabéns à Confraria Grão Vasco, elogiando o trabalho feito ao longo de duas décadas “na promoção e valorização dos nossos saberes e sabores”, mas também “honrando o nome de Viseu e da região pelo mundo”.

Destaque também para a Tuna Sabores da Música. Nascida no início da fundação da Confraria, a Tuna tornou-se numa das referências no panorama da música tradicional da nossa região, sob a égide de Catarina Barros. Atuou em vários palcos nacionais, mas também no estrangeiro, nomeadamente em França e Luxemburgo. Num ato de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido em prol dos saberes da região, e da sua importância para a cultura musical da região, a Confraria entregou diplomas aos membros da Tuna.

Durante o repasto, o almoxarifado surpreendeu José Ernesto Silva com uma lembrança, num ato simbólico, mas de grande relevância e agradecimento, que destaca o seu trabalho à frente da Confraria durante estes 20 anos.

O Capítulo começou com uma missa, que lembrou os confrades já falecidos, e fechou com a entrega de diplomas a alguns dos Confrades fundadores ainda vivos. De destacar a presença da Eunice Rocha (Curitiba), da Confraria Grão Vasco da Casa de Viseu do Rio de Janeiro.

O próximo ato de relevo da Confraria Grão Vasco será o Capítulo de Entronização de novos Confrades e Comendadores previsto para outubro/novembro.

Aqui fica o registo do evento




















O evento na imprensa regional