sábado, 20 de dezembro de 2008

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NATAL

Noite de muita alegria,
Anjos anunciam no céu!
Tangem liras; Tocam trombetas;
Adoremos! Adoremos!
Louvores ao Menino Deus.


Maria Odete Madeira
2001

PROVERBIOS


Ande o frio onde andar, no Natal cá vem parar
Dia de S. Silvestre, não comas bacalhau que é peste
Dia de S. Silvestre quem tem carne que lhe preste
Depois que o Menino nasceu tudo cresceu
Dezembro quer lenha no lar e pichel a andar
Do Natal a Santa Luzia cresce um palmo o dia
Em Dezembro a uma lebre galgos cento
Em Dezembro descansa, em Janeiro trabalha
Em dia de Stª Luzia, mingua a noite e cresce o dia
Entre o Menino e Tomé três dias é
Festa do Natal no lar, da Páscoa na praça, do Espírito Santo no campo
Mal vai a Portugal se não há três cheias antes do Natal
Natal a assoalhar e Páscoa ao mar

sábado, 29 de novembro de 2008

FESTA DA SOPA - VI FESTIVAL DO CALDO




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A Delegação de Viseu da Fundação do INATEL e a Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco” vão organizar, em parceria, o “FESTA DA SOPA – VI FESTIVAL DO CALDO EDIÇÃO 2008”, que terá lugar no Pavilhão do INATEL de Viseu, no dia 06 de Dezembro.
Programa:15H00 – Inicio do Certame, Palestra sobre Nutricionismo, Venda de “Kits”;
16H00 – Degustação de Sopas, Animação musical;
Participam neste evento 40 Restaurantes do Distrito de Viseu, com a degustação de aproximadamente 60 sopas.
Edição total de 4.000 mil livros alusivos ao evento, contendo todas as receitas das sopas presentes.
Estima-se uma participação de 3500 a 4000 pessoas;
Entrada: 5,00 “colheres” por pessoa levando para casa o kit de recordação (Tigela, caneca e livro).

FESTA DA SOPA - VI FESTIVAL DO CALDO





domingo, 16 de novembro de 2008


Lenda do Verão de São Martinho

Diz a lenda que quando um cavaleiro romano andava a fazer a ronda, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu.
O dia estava chuvoso e frio, e o velhinho estava encharcado.
O cavaleiro, chamado Martinho, era bondoso e gostava de ajudar as pessoas mais pobres. Então, ao ver aquele mendigo, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio, com a espada.
Depois deu a metade da capa ao mendigo e partiu.
Passado algum tempo a chuva parou e apareceu no céu um lindo Sol.


Provérbios

- No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho.
- Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro.
- Dia de S. Martinho fura o teu pipinho.
- Do dia de S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o teu bornal.
- Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
- Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
- Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano.
- Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho.
- Pelo S. Martinho semeia favas e vinho.
- Pelo S. Martinho, nem nado nem cabacinho.
- Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa pelo S. Martinho.

SAO MARTINHO



Em tempos idos, o São Martinho, nas aldeias da Beira, comemorava-se durante três dias do mês de Novembro: o dia dez era, no dizer do povo, o dia do papas, o dia onze o do rapas e o doze o do lembes, numa alusão directa aos amantes do vinho, também conhecidos como os “Irmãos de São Martinho” que, ano após ano, com grande “solenidade” e aparato festivo, davam provas da sua devoção tradicional ao vinho, claro, celebrando esta data três dias seguidos!
Era nestes dias que se abriam os pipos e se experimentava o vinho novo pois lá diz o rifão “Pelo São Martinho vai à adega e enxerta o pipinho.”
Em casa dos avós do João, do Miguel e demais primos que com eles viviam, à lareira, pois o frio cortava a respiração, a pequenada fazia o tradicional magusto: como também diz o ditado, “No dia de São Martinho mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.” As castanhas eram assadas na caruma e acompanhadas com um pouco de água-pé que, por condescendência dos adultos, podia nesse dia ser bebida por todos, pois que “Água-pé, castanhas e vinho fazem uma boa festa pelo São Martinho.”
A irreverência infantil, levava-as, não raro, a cometer pequenas diabruras tradicionais deste período. Pela calada, enfarruscavam as mãos nas panelas de ferro de três pernas, negras dos muitos anos de uso, e enegreciam as caras dos presentes não escapando a esta partida os mais velhos, já se vê!
Já noite serrada, a pequenada, empanturrada de castanhas, ia para a rua, bem encapotada, não que o frio era mais que muito, aguardava no local previamente combinado a chegada do resto da maralha e com campainhas, compradas para este fim e guardadas em velhas arcas no sótão da casa, latas pequenas com pedrinhas dentro ou latas maiores a servirem de tambores, percorriam as ruas da aldeia a tocar e a cantar:

“São Martinho, castanhas e vinho,
vinho novo tem bonita cor,
apagai o fogo e dai-me calor!”

A algazarra era tal que nem os animais descansavam, no quentinho dos seus currais, no piso térreo das casas de habitação. Para a miudagem, isso era o menos importante; o principal era manter a tradição de pé e disso se encarregava ano após ano.
Horas volvidas, regressava cada um a sua casa cansado da correria pelas ruas da aldeia, mas feliz, pois o ritual aprendido dos seus avós tinha-se cumprido, uma vez mais.


Maria Odete Madeira
(Chanceler-Mor da Confraria de Saberes e Sabores da Beira, “Grão Vasco”)



quinta-feira, 23 de outubro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ENTRONIZAÇÃO OUTUBRO 2008



















ENTRONIZAÇÃO OUTUBRO 2008






ENTRONIZAÇÃO OUTUBRO 2008






V ENTRONIZAÇÃO OUTUBRO 2008

A Confraria Saberes e Sabores a Beira Grão Vasco, em conformidade com os seus estatutos promoveu em acto solene o V CAPÍTULO de ENTRONIZAÇÃO procurando, fundamentalmente, enaltecer as qualidades e virtudes dos entronizados. Foram entronizados os seguintes comendadores: Francisco Manuel Marques Bandeira, Vice Presidente da C.G.D. de Lisboa, Henrique Monteiro, Director do Jornal Expresso, João Fernando Marques Rebelo Cotta (Presidente da AIRV), Jorge Alberto Marques Martins, Empresário Martiffer, José Bento dos Santos, Empresário e Comentador da Televisão, Mafalda Mendes Almeida Emprestaria, Manuel Joaquim Dias Loureiro (Advogado e Ex, Ministro) e Rui Mingas, Diplomata e ex. Ministro de Angola. Receberam também o Título de Comendador, as seguintes Instruções: Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro e APPACDM, Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deferência Mental. Foram ainda nomeados cavaleiros vinte e cinco confrades. AS cerimónias realizaram nos claustros da Sé de Viseu, seguindo se a recepção na Cãmara Municipal de Viseu e o almoço no Hotel Montebelo. A lição de sapiência ” O Sentido do Gosto”, pelo Sr. Engenheiro José Bento dos Santos.







domingo, 5 de outubro de 2008

V CAPÍTULO GERAL DE ENTRONIZAÇÃO

Caros Confrades:

Realizar-se-á no dia 18 de Outubro de 2008, nos CLAUSTROS DA SÉ CATEDRAL DE VISEU, o V Capítulo Geral de Entronização da Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, com o seguinte programa:

10:30 – Recepção dos Participantes
11:00 – Cerimónia de Entronização na Ordem de Grão Vasco;
12:30 – Recepção nos Paços do Concelho;
13:30 – Almoço de Entronização no Hotel Montebelo;
15:00 – Lição de Sapiência, a proferir pelo Ex.mo Sr. Engenheiro José Bento dos Santos;
15:30 – Momento Cultural.
Teremos imenso gosto em contar com a presença de todos os Confrades, nesta actividade que constitui um dos momentos mais altos da vida da nossa Confraria.
A participação neste evento terá o custo de € 35 por pessoa e todos os Cavaleiros deverão comparecer devidamente trajados.
Inscrições até 10 de Outubro (sexta-feira) para:
· Marina Barreiros – 965887580
· Paula Teixeira – 939908098
· José Ernesto – 917601211
· e.mail:
confraria.graovasco@sapo.pt

Saudações Confrádicas
O Almoxarife


(José Ernesto Pereira da Silva)

sábado, 6 de setembro de 2008

V CAPÍTULO GERAL DE ENTRONIZAÇÃO

Caros Confrades


Serve a presente para informar que, dando cumprimento aos estatutos da nossa Confraria, terá lugar, no dia 18 de Outubro de 2008, o V Capítulo Geral de Entronização.

O Capítulo de Entronização constitui o momento em que os Confrades interessados poderão aceder ao Grau de Cavaleiro bastando, para tal, que informem a Confraria da sua pretensão no sentido de se adoptarem os procedimentos inerentes à elaboração do Traje.
Vimos, então, solicitar aos Confrades interessados que manifestem junto da Confraria, até ao dia 5 de Setembro, essa pretensão e procedam, até essa data, à entrega dos dados necessários à feitura da capa e do chapéu.

Constituindo um dos momentos mais significativos da actividade confrádica, o Capítulo de Entronização marca a atribuição do Grau de Comendador da Ordem de “Grão Vasco” a diversas personalidades e entidades que, de alguma forma, se destacam e conta com a presença de um número significativo de representantes de outras Confrarias.

Por se tratar de uma cerimónia tão marcante para a vida da nossa Confraria, estamos a organizar um programa que divulgaremos oportunamente e, esperamos, seja apelativo à participação do maior número possível de Confrades.

Saudações Confrádicas,


O Almoxarife
(José Ernesto Pereira da Silva)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Revista Teleculinária

Reportagem sobre Gastronomia de Viseu com a participação do Restaurante Forno da Mimi e a Confraria.

 

 

 

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A LENDA DO VINHO DO DÃO




Há muitos, muitos anos fez Baco uma visita ao seu bom amigo Endovélico, o deus dos deuses da Lusitânia .
Atravessou serras, subiu, penosamente, ladeiras até chegar a terras banhadas por um rio a que os locais chamavam de Dão.
Perto daquele local encontrava-se um casal de lusitanos com seu filho, junto a uma pequena cabana de pedra e troncos.
Baco ao vê-los correu para eles gritando:
— Pelos deuses, tende piedade deste pobre caminhante e dai-me de beber!
O bom homem entrou na cabana e regressou com uma escudela de barro cozida ao sol, cheia de água.
— Água?! Acaso não tendes vinho?
O lusitano arregalou os olhos, cofiou a barba e disse, entre admirado e espantado:
— Vinho? O que vem a ser isso de vinho? Quereis vós comida?
E sem esperar resposta, entrou na cabana e voltou com uma perna de cabrito assada.
Baco comeu e à despedida, comovido pela generosa hospitalidade do bom luso, disse-lhe:
— Ainda um dia hás-de saber o que é o vinho. E, sem mais, partiu acenando um último adeus aos seus anfitriões.
Anos mais tarde, uma centúria romana marchava por terras lusas e, ao ver a cabana do lusitano, parou.
Os legionários deixaram a forma e cada um deles abriu uma vala na qual colocaram uma videira.
No final, voltaram à formatura e partiram tão silenciosamente como haviam chegado. Num dos bacelos deixaram uma tabuleta com a seguinte mensagem:
“Baco oferece reconhecido”.
A seu tempo, aquelas videiras deram o seu fruto que o luso, por intuição ou intervenção divina espremeu e deixou a repousar até ao Inverno seguinte. Quando, finalmente, o provou ficou maravilhado com tão delicioso néctar.
Assim, da generosidade de um pobre lusitano e do reconhecimento do bom Baco, nasceu o generoso e salutar Vinho do Dão.

(Capítulo de Verão/Dia Nacional do Vinho – 5 de Julho de 2008)
Adaptado por Maria Odete Madeira
(Chanceler-Mor da Confraria de Saberes e Sabores da Beira, “Grão Vasco”)
Confraria dos Saberes e Sabores da Beira “GRÃO VASCO”

Apresentação
Nome Próprio: Confraria de Saberes e Sabores da Beira
Apelido : Grão Vasco
Naturalidade : Viseu
Endereço : Av. Caloustre Gulbenkian, nº 22 R/C , 3510 Viseu


Objectivos Orogramáticos: Promover, divulgar e preservar o patrimóniogastro-enófilo da Beira nas suas diversas componentes pugnando pela genuinidade da culinária autóctone e pela autenticidade dos vinhos e bebidas espirituosas e bem assim valorizar os usos e costumes tradicionais beirões.

Orgãos Sociais:
• Nobre Senado (Assembleia Geral)
• Almoxarifado (Direcção)
• Conferente (Conselho Fiscal)

Organização Interna
:• Conselho Gastronómico
• Conselho Enófilo
• Conselho de Artes e Tradições

Estruturas:
• Ágora ( Estrutura Juvenil)Complementares:
• Colegiada Coleccionista “Grão Vasco”
• Sabores da Música (Tuna Musical)
• Tertúlia Eduardina ( Espaço livre de debate)
Actividades Sociais:
• Capítulos (trimestrais)
• Jantares Confrádicos (mensais)
• Congresso de Artes e Tradições Portuguesas (anuais)
• Encontro de Sons Etnográficos (anual)
• Encontros Confrádicos da Beira (anual)
• Festivais Gastronómicos do Caldo (anual)
Actividade Editorial
• Monografias:“Alafum de Prazeres”“Alexandre Alves – Investigador”“À mesa com Isabel Silvestre”“José Madeira – Um Homem de Viseu”“Fortunato de Almeida e a Igreja em Portugal";

• Programas de Capítulos• Livro do Encontro Confrádico da Beira• Revista “Alquimia de Saberes e Sabores”

Lema : Arraial, Arraial, pela Beira, Por Portugal



OBJECTIVOS:
A Confraria de Saberes e Sabores da Beira – “Grão Vasco” visa:
1. – Promover e divulgar a gastronomia tradicional da Beira nas suas diversas componentes e bem assim os vinhos e bebidas espirituosas produzidas em terras beirãs:2. – Investigar e pugnar pela genuinidade da culinária autóctone da Beira;3. – Patrocinar a recolha de usos e costumes tradicionais dando-lhes a respectiva divulgação;4. Incentivar a edição de trabalhos audiovisuais e escritos sobre cultura regional;5. – Realizar acções de carácter cultural que consubstanciem a defesa e a preservação do património gastro-enófilo da Beira;6. – Incrementar de forma pedagógica junto dos estabelecimentos de restauração e afins a preservação da gastronomia beirã.


RAZÃO DE SER:
Num tempo de globalização tornava-se urgente congregar esforços para a defesa desse vastíssimo património identitário beirão que importa preservar e transmitir aos vindouros.
Foi nestes pressupostos que um grupo de cidadãos sedeados na cidade de Viseu, resolveu criar uma Instituição cultural que aglutinasse todos aqueles que de uma forma generosa e voluntária se vão preocupando com a valorização da matriz cultural beirã.


Nesse sentido, por escritura notarial de 19 de Abril de 2002, nasceu a CONFRARIA DE SABERES E SABORES DA BEIRA – “GRÂO VASCO” que vem desenvolvendo um trabalho estruturado por forma a contribuir para a diginificação desta briosa região beirã.
A nossa acção conjuga o prazer com a razão tendo como pólo aglutinador a mesa onde procuramos interligar os saberes com os sabores em permanente complementaridade.
A identidade de um povo também se faz pela sua culinária e por isso temos vindo a promover um conjunto de acções de divulgação e preservação da nossa gastronomia tradicional.
Estamos a começar uma longa caminhada em defesa dos nossos usos e costumes e como sabemos o caminho faz-se caminhando.

Por isso nos atrevemos a escolher Grão Vasco, arauto da pintura renascentista, como patrono da Confraria acolitado pelo Infante D. Henrique, como patrono do Conselho Enófilo, do escritor Aquilino Ribeiro como Patrono do Conselho Gastronómico e do boémio fadista Augusto Hilário como patrono do Conselho de Artes e Tradições.

Júlio Cruz
Couteiro Editorial

SONETO POR FERNANDO ALMEIDA RUAS

SONETO

A Confraria "Saberes e Sabores"
Tamanhas alegrias nos vem dando
Atendendo aos sábios Valores
De quem de "Saberes" vai palestrando!

"Entreténs-de-boca" deliciosos
Temos aprendido a saborear
A que se seguem "quentes" saborosos
Feitos com refinado paladar!

Fruta e doces, alguns Conventuais
(que disso sabia o Sr. Abade)
Culminam estes nossos "Festivais".

E é assim, com plena liberdade,
Que se quer, com prazeres divinais,
De "Saberes e Sabores" ser Confrade!

Mr. Streets (Julho 2008)
(Vale pela "piada", já que "valor" não tem)

FERNANDO ALMEIDA RUAS

sábado, 21 de junho de 2008

Confraria Grao Vasco apadrinha Academia Gastronómica e Cultural da Caça

A Confraria dos Sabores e Saberes da Beira - Grão Vasco apadrinhou a nova Confraria Academia Gastronómica e Cultural da Caça.
A cerimónia de entronização, que contou com a presença de ilustres individualidades oriundas de vários pontos do país, realizou-se no passado dia 24 de Maio, pelas 16h, na Igreja da Misericórdia, sendo servido o jantar no Hotel Rural Vila Meã.
Foi uma grande honra para a nossa confraria apadrinhar este acto.

Confraria Grao Vasco apadrinha Academia Gastronómica e Cultural da Caça